O estudo de mercado publicado a seguir, fez parte do Projeto de credenciamento do Centro Superior em Tecnologia da Informação (hoje, Faculdade Senac Rio) e do Projeto de autorização de funcionamento do Tecnólogo em Tecnologias WEB – TTW Webmaster, que depois receberia uma outra denominação. Ambos os projetos foram elaborados com assessoria da Germinal Consultoria. O estudo de mercado foi desenvolvido e redigido por José Antonio Küller, sócio-diretor da Germinal. O texto é apresentado como exemplo de possibilidades de desenvolvimento de pesquisas com dados secudários para analisar a viabilidade de programas educacionais, seja de nível médio ou de nível superior (graduação e pós-graduação).
Pesquisa de mercado: WEBMASTER
A. Introdução
Um levantamento de necessidades de mercado de trabalho, para efeitos de programação de educação profissional comporta duas abordagens: uma foca a demanda e, a outra, a oferta.
A análise da demanda comporta dois tipos de enfoque: um quantitativo, onde é projetado o número de profissionais que é necessário formar para atender as necessidades do desenvolvimento econômico e tecnológico e para repor o estoque de trabalhadores já existentes. O outro enfoque é qualitativo. Nele, procura-se identificar o perfil do profissional que é ou será demandado pelo mercado.
No caso da oferta, o levantamento terá por objeto a identificação das oportunidades educacionais já existentes para a formação dos profissionais demandados, evidenciando-se a carência ou a abundância da oferta considerando-se tanto as necessidades quantitativas quanto as qualitativas.
B. Demanda
No Brasil, no caso de ocupações específicas, a identificação da demanda quantitativa sempre apresenta muitas dificuldades. Parte delas está relacionada aos obstáculos enfrentados na identificação de ocupações bem definidas no mercado. O exercício ocupacional varia em consonância com o porte das empresas e organizações e com o estágio de desenvolvimento organizacional e tecnológico delas. O Brasil é conhecido pela heterogeneidade de sua estrutura produtiva. No entanto, existe um instrumento normativo que permite certa navegação nesta heterogeneidade: a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) do Ministério do Trabalho e Emprego.
As ocupações listadas na CBO são insumos para a elaboração da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), que, em tese, possibilita acompanhar a evolução quantitativa de todas as ocupações listadas na CBO, ao longo do tempo. No entanto, a primeira edição da CBO data de 1982, foi ligeiramente reformulada em 1994 e substancialmente alterada em 2002. Dada as profundas e rápidas alterações tecnológicas e ocupacionais da área de Informática novas ocupações são rapidamente geradas e substituídas. Ocupações recentemente criadas e que não existiam em 1994 não podem ter sua evolução quantitativa acompanhada. É o caso aqui. Em 1994, o próprio campo ocupacional (Internet) praticamente não existia no Brasil.
Neste caso, a abordagem quantitativa do levantamento pode ser feita através de pesquisas diretas, de alta complexidade e custo. Outra possibilidade é fazer aproximações através análises gerais do campo de trabalho ou via projeções sobre as tendências do trabalho ou de induções feitas a partir de ocupações cuja evolução possa ser mapeada pela CBO e que precedam ou tenham uma evolução supostamente similar às novas atividades profissionais.
1. Aproximação através da evolução do campo profissional
No presente caso, em relação ao campo profissional, existem duas formas de aproximação possíveis: uma geral, abordando a área de Informática como um todo e outra específica, focando a Internet como um campo de trabalho específico.
A evolução do segmento de informática e do campo profissional serão baseados nos Estudos de Mercado, promovidos pelo Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP) e desenvolvidos pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), de maio/junho de 2000[1].
A Análise do Mercado do setor de Serviços do Estado do Rio de Janeiro constatou, em relação ao segmento de Atividades de Informática e Conexas:
1. Existiam, em 1999, 112 unidades empresariais locais com mais de 20 empregados, com um total de 12.759 trabalhadores.
2. Das pessoas ocupadas, 86% está concentrada na região metropolitana do Rio.
3. Os segmentos de Atividades de Informática e Conexas apresentaram a maior porcentagem de unidades (58,1%) com início de funcionamento na última década (1990-1999).
4. Cerca de 90% das unidades empresariais pesquisadas (serviços e Indústria), no Estado do Rio de Janeiro, faz uso do computador, 60% usa rede interna e 65% está conectada à Internet.
5. Apenas cerca de 25% das empresas industriais e de serviços faz uso de rede de longa distância.
6. Entre as principais estratégias de gestão do triênio de 1997-99, a informatização das atividades administrativas é a de maior destaque, no setor de serviços.
7. Das indústrias, 40,5% pretende investir em automação industrial.
8. Das unidades do segmento de Atividades de Informática e conexas, 50% declarou que vai fazer esforços para a implementação de programas de qualidade.
9. A aquisição de equipamentos de informática é o principal tipo de investimento declarado pelas unidades empresariais.
10. Como conseqüência do investimento, 75% das unidades declarou que vai aumentar o número de pessoal ocupado11. O segmento de Atividades de Informática e Conexas é o que possui a maior participação de pessoal de maior qualificação. Dos qualificados, 69% tem formação de nível técnico ou superior.
12. O segmento é o que mais contrata pessoal de nível superior.
13. Das unidades do segmento de Atividades de Informática e Conexas, 18,3% patrocinam programas de educação para seus funcionários, sendo a maioria deles de nível superior.
14. Para realizar o recrutamento de profissionais, as unidades do setor de serviços buscam principalmente as escolas federais e do Sistema S e o Sebrae.
As constatações do Estudo de Mercado permitem algumas aproximações em relação à demanda. O segmento de Informática está em crescimento no Rio. Este crescimento é significativo. O crescimento afeta positivamente o emprego no segmento. O segmento emprega mão de obra qualificada. É importante o emprego de mão de obra que é qualificada ou que pode vir a ser qualificada em nível superior. O SENAC é considerado uma importante fonte de oferta de mão de obra para o setor de serviços.
O campo de atuação do Tecnólogo em Tecnologia Web (TTW – WEB MASTER), no entanto, é mais específico. Embora a porcentagem de unidades empresariais, tanto na indústria como nos serviços, ligadas em redes e com acesso à Internet seja significativa, uma análise mais detalhada desse campo específico é interessante. O site do Comitê Gestor da Internet no Brasil apresenta os seguintes dados: [3]
Observe-se que o Brasil subiu uma posição no ranking, em apenas seis meses. Está na frente de países com maior nível sócio-econômico e de outros com população superior a nossa. Nos mesmos seis meses o número de Hosts cresceu em 21%.
A revista InfoExame de março de 2002, mostra o crescimento do número de usuários de Internet no Brasil, nos últimos oito anos (1995 a 2002). Novamente, o crescimento é explosivo, como demonstra a tabela adiante inserida.
Número de usuários Internet no Brasil
Ano |
Usuários em milhões |
1995 |
0,1 |
1996 |
0,3 |
1997 |
1 |
1998 |
2,1 |
1999 |
3,8 |
2000 |
5 |
2001 |
8,3 |
2002 |
12,5 |
De 2001 a 2002 o número de usuários cresceu mais de 50%. O mesmo crescimento acelerado é observado no comércio eletrônico. A revista Exame de 13/09/2002, afirma que, segundo a ECT, responsável por 70% das entregas, o e-commerce brasileiro deve totalizar 4,5 milhões de pedidos em 2002 contra 1,2 milhão em 2001. O número de pedidos cresceu 375% em um ano.
Vale citar outros números. Segundo pesquisa do IBOPE (para detalhes ver http//www.ibope.com.br ) entre os 15.115 entrevistados na 3a pesquisa CADE/IBOPE, os que nunca tiveram Internet em casa mas gostariam de ter e para os que já tiveram e cancelaram o serviço, 55% pretendem contratar serviços de Internet futuramente. Isso demonstra claramente a demanda existente e que aponta para a tendência de crescimento do uso da Internet no país.
Pesquisas confirmam também que os maiores usuários enquadram-se em uma das seguintes concentrações: ou na faixa etária de 15 a 24 anos, ou trabalham no mercado formal, ou tem curso superior. Sempre pertencem às classes A e B, ou seja, a Internet é hoje, o melhor corte na faixa de consumidores que se pode estratificar de uma mídia, pois se fala diretamente com quem detém os melhores índices de poder de compra. ( www.cg.org.br/infoteca/atigos/artigo14.htm )
Hoje o Brasil concentra mais do que 50% da Internet da América Latina e do Caribe; representa mais do que 70% do comércio eletrônico desta região; ocupa a 10a. posição no mundo em termos de hosts e de usuários (www.cg.org.br/infoteca/atigos/artigo16.htm). O crescimento tão expressivo do campo de ação deve seguramente resultar em ampliação das oportunidades de emprego. Dadas as características da atividade, seguramente o crescimento do número de empregos será especialmente concentrado em ocupações de nível técnico e tecnológico.
Resultados de 2002
Posição dos Países por Número de Hosts |
||||
|
País |
Julho/02 |
Jan/02 |
Class. Jan/02 |
1º |
Estados Unidos* |
113.574.290 |
106.182.291 |
1º |
2º |
Japão (.jp) |
8.713.920 |
7.118.333 |
2º |
3º |
Canadá (.ca) |
3.129.884 |
2.890.273 |
3º |
4º |
Itália (.it) |
2.958.899 |
2.282.457 |
7º |
5º |
Alemanha (.de) |
2.923.327 |
2.681.325 |
4º |
6º |
Reino Unido (.uk) |
2.508.151 |
2.462.915 |
5º |
7º |
Austrália (.au) |
2.496.683 |
2.288.584 |
6º |
8º |
Holanda (.nl) |
2.150.379 |
1.983.102 |
8º |
9º |
França (.fr) |
2.052.770 |
1.670.694 |
10º |
10º |
Brasil (.br) |
1.988.321 |
1.644.575 |
11º |
11º |
Taiwan (.tw) |
1.814.090 |
1.712.539 |
9º |
12º |
Espanha (.es) |
1.682.434 |
1.497.450 |
12º |
13º |
Suécia (.se) |
1.187.942 |
1.141.093 |
13º |
14º |
México (.mx) |
1.004.637 |
918.288 |
15º |
15º |
Finlândia (.fi) |
986.285 |
944.670 |
14º |
16º |
Dinamarca (.dk) |
872.328 |
707.141 |
16º |
17º |
Bélgica (.be) |
832.853 |
668.508 |
17º |
18º |
Polônia (.pl) |
731.371 |
654.198 |
19º |
19º |
Áustria (.at) |
720.587 |
657.173 |
18º |
20º |
Suíça (.ch) |
667.509 |
613.918 |
21º |
21º |
Noruega (.no) |
634.098 |
629.669 |
20º |
22º |
Argentina (.ar) |
486.296 |
465.359 |
22º |
23º |
Rússia (.ru) |
441.679 |
393.595 |
25º |
24º |
Nova Zelândia (.nz) |
419.517 |
408.290 |
24º |
25º |
Coréia(.kr) |
411.884 |
439.859 |
23º |
26º |
Hong Kong (.hk) |
354.132 |
387.672 |
26º |
27º |
Singapura (.sg) |
339.878 |
– |
– |
28º |
Portugal (.pt) |
266.911 |
263.821 |
27º |
29º |
África do Sul (.za) |
246.954 |
238.462 |
28º |
30º |
Israel (.il) |
232.300 |
223.012 |
29º |
2) A ocupação de WEB MASTER: tendências e induções
A Revista @prender pesquisou mais de 100 fontes de informações sobre principais tendências mundiais do mercado de trabalho e das profissões. Algumas conclusões:
Setores de maior probabilidade de crescimento para as próximas décadas: 1. Informática 2. Saúde 3. Meio Ambiente 4. Turismo, lazer e entretenimento 5. Biotecnologia 6. Administração 7. Tecnologia da Informação 8. Terceiro Setor 9. Educação |
Profissões do Futuro:
1. Administradores de Comunidades Virtuais 2. Engenheiros de Rede 3. Gestor de Segurança na Internet 4. Coordenadores de Projetos 5. Consultor de Carreiras 6. Coordenadores de Atividades de Lazer e Entretenimento 7. Designer e Planejador de Games 8. Gestor de Patrocínios 9. Gestor de Empresas do Terceiro Setor 10. Especialista na preservação do Meio Ambiente 11. Engenharia Genética 12. Gerentes de Terceirização 13. Gestor de Relações com o Cliente 14. Especialista em Ensino a Distância (EAD) 15. Tecnólogo em Criogenia 16. Telecomunicações 17. Comércio Exterior e Relações Internacionais |
Realidade Americana:
O Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA publicou, recentemente, um estudo prevendo as áreas de emprego que terão o maior crescimento nos próximos 10 anos. Informática está em primeiro lugar (…). Espera-se que o número de pessoas empregadas nas indústrias de computação dos EUA cresça de 1,2 milhão para 2,5 milhões nesse período. Entre os dez cargos que crescerão mais rapidamente, o de administrador de bases de dados e redes, está citado em primeiro lugar. Os engenheiros de computação e os analistas de sistemas, logo a seguir.
3. Projeções com base na RAIS
As tendências antes apresentadas dão um panorama geral da possibilidade de crescimento de atividades correlacionadas com a Informática e com a Internet. A evolução das ocupações da área de Informática captada pela RAIS aproxima a visão.
A nova CBO apresenta um recurso para a conversão para a base CBO94. Nele, a família Analista de Sistemas Ocupacionais, onde insere-se o WEBMASTER, converte-se nas seguintes ocupações da CBO94:
O8320 – Analista de sistema
08330 – Analista de suporte de Sistema
08345 – Analista de comunicação
08390 – Outros analistas de sistema
Uma pesquisa na base de dados de dados da RAIS[4], em relação ao número de empregos de Analista de Sistema[5], para o Estado do Rio de Janeiro, apresentou os seguintes resultados. No ano de 1999, foi informada a existência de 11.025 analistas. Em 2000, o número cresceu para 12.442 analistas (aumento de cerca de 13% em um ano). Em 2002, foram encontrados 13.156 analistas, um crescimento de cerca de 6% no nível de emprego quando comparado com o de 2001.
Observe-se que a RAIS captura apenas o comportamento dos empregos formais. Sabe-se que a área de informática vem sofrendo um intenso processo de terceirização, com conseqüente aumento da informalidade. O crescimento das atividades exercidas informalmente, mesmo que acobertadas por cooperativas de trabalho, não é capturado pela RAIS. Por outro lado, a pesquisa na base de dados incidiu em um período em que a taxa geral de desemprego tem aumentado.
A aproximação, via RAIS, da ocupação aqui objeto de estudos, indica um crescimento significativo no nível de emprego. O levantamento mostra que o Rio de Janeiro é o segundo mercado do País para as ocupações relacionadas com a informática. Na aproximação quantitativa, via RAIS, pode-se afirmar que demanda para o Webmaster existe e é qualificada. Exige formação de nível superior. A aglutinação dos dados, no entanto, não permite uma projeção quantitativa precisa.
4. Aspectos qualitativos
Em relação aos aspetos qualitativos, a análise de demanda refere-se ao perfil profissional desejado pelo mercado. Novamente, as dificuldades são muitas. O perfil desejado varia de acordo com o foco das organizações que trabalham e usam a Internet e com o tamanho das empresas que utilizam o profissional. Complica, ainda, a definição do perfil o acelerado desenvolvimento tecnológico que é característico do segmento. O perfil desejado está em permanente mutação.
Por exemplo, a revista eletrônica Timaster lista e descreve, hoje, o perfil de 42 funções, ocupações, profissões ou especializações relacionadas à WEB. Entre elas:
Administrador de Redes
|
Conhecimentos úteis: Sistemas operacionais (Windows NT e UNIX), infra-estrutura eprotocolos de rede, ambientes de programação (Visual Basic para NT, C ou Perl para UNIX etc) e ferramentas para facilitar o gerenciamento (preferencialmente com linguagens para plataforma Web).Ferramentas: Programas baseados em SNMP, TNG Unicenter (CA), Tivoli (IBM), ferramentas de análise de desempenho e de auditoria, software de inventário de redes e analisadores de protocolos.Principais atividades: Instalação, configuração e manutenção dos sistemas operacionais e de todos os serviços implementados; pesquisa de soluções de tecnologia; apoio à área de desenvolvimento de aplicações; suporte de último nível para as equipes de apoio aos usuários; configuração e manutenção do nível de segurança da rede.Certificações-Chave: MCP+I e MCSE+I (Microsoft); Solaris (Sun); e, como diferencial, CCIE (Cisco) |
Webmaster
|
Descrição: Responsável pela estrutura, desenvolvimento, design e gerência de sites. Formação recomendada: Curso Superior em Informática ou Desenho Industrial e cursos de extensão em universidades. Conhecimentos úteis: Manutenção: edição de HTML, tratamento de imagens, DHTML e JavaScript, animação (Flash e outros). Infra-estrutura: configuração de DNS, servidores Web (Microsoft Internet Information Server etc), servidores de FTP e TCP/IP. Ferramentas necessárias: Editores de HTML (HomeSite, Dreamweaver, FrontPage, GoLive! etc), clientes de FTP (Cute FTP, Ws FTP e outros), interpretador de linguagens para desenvolvimento Web (ex: ASP, PHP, Perl, ColdFusion), software para servidor Web (Apache, IIS), programa de edição de imagem (Adobe Photoshop, The GIMP), |
Coordenador de Tecnologia Web
|
Descrição: Responsável pela coordenação de equipes de desenvolvimento de aplicações para Web. Profissional com embasamento técnico e habilidades gerenciais, com ênfase em planejamento de soluções para intranets e Internet.Formação recomendada: Curso superior de Informática / Processamento de dados / Engenharia da computaçãoConhecimentos úteis: HTML, Javascript, CGI, Perl, Visual Basic, ASP, Java, ColdFusion, streaming de áudio/vídeo (RealMedia, MS Media), técnicas de fluxo de trabalhoFerramentas: HTML, Javascript, CGI, Perl, Visual Basic, ASP, Java, ColdFusion, streaming de áudio/vídeo (RealMedia, MS Media), técnicas de fluxo de trabalhoPrincipais atividades: Planejamento e coordenação de projetos, definição e manutenção de prioridades, relacionamento com outros departamentos da empresa, controle de qualidade, desenvolvimento em HTMLCertificações-chave: Desenvolvedor em Java (Sun), MCP+Site Builder (Microsoft) |
Outros levantamentos produzem outras configurações de requisitos, competências, ocupações, cargos e/ou funções. A CBO, embora registrando apenas seis ocupações relacionadas diretamente à Web (ainda assim considerando os profissionais ligados à administração e análise de redes), outra vez pode fornecer um mapa para uma navegação menos insegura. A CBO lista três famílias ocupacionais dentro da área de Informática: Analistas de Sistemas Ocupacionais (onde inclui o Webmaster), Engenheiros de Computação, Administradores de Redes, Sistemas e Banco de Dados. O perfil inicialmente projetado pelo SENAC Rio para o TTW – Webmaster inclui competências previstas na família dos Administradores de Redes e a dos Analistas de Sistemas Computacionais, com predominância das competências desta última família na composição do perfil.
Sabendo-se, de antemão, da rápida evolução e transformação do segmento ocupacional[9], é interessante optar-se por um perfil mais generalista no recorte das competências e por focar um campo de aplicação específico: a Internet e o e-comércio, tendo em vista o crescimento já constatado dos ramos de atividade. Um perfil assim desenhado poderá possibilitar a inserção imediata no trabalho (tendo em vista o foco específico), a formação mais generalista tenderá a facilitar a futura adaptação às mudanças e flutuações ocupacionais.
C. Oferta
Focando-se especificamente na formação de tecnólogos, em funções mais diretamente ligadas à WEB, a oferta é pequena no Brasil e menor ainda no Estado do Rio de Janeiro. Páginas selecionadas da Sinopse Estatística da Educação Superior de 2000 (MEC, anexo IV) mostram que, no Estado do Rio de Janeiro existiam apenas dois Centros de Educação Tecnológica e apenas um na Região Metropolitana.
No Brasil, relacionados mais diretamente com o perfil definido para o Webmaster (Administrador de Redes) existia apenas um curso de graduação, com 40 alunos ingressando no ano de 2000 e outros 21 já cursando. Nenhum aluno tinha concluído esse curso em 2000.
Dos cursos de tecnologia, autorizados e reconhecidos a partir de 2001[10] e diretamente ou indiretamente ligados ao perfil profissional proposto, apenas três estavam situados na região Metropolitana do Rio. Nenhum deles está focado na formação do Webmaster.
D. Conclusão
Tendo em vista os dados coletados, conclui-se pela viabilidade de mercado da formação de tecnólogos com o perfil sugerido. Tendo em vista a ausência de projeções quantitativas mais precisas recomenda-se, entretanto, cautela no dimensionamento da oferta.
1. Ver em www.mec.gov.br/semtec/proep/estmerc.shtm .
2. Ver também o tópico Indústria do mesmo Estudo de Mercado.
3. Dados disponíveis em: www.cg.org.br, site do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
4. Ver Anexo I.
5. Inclui uma relação extensa de denominações de cargos. Ver anexo II.
6. Ver em: www.timaster.com.br .
7. Ver anexo III.
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