1 de outubro de 2010

Dinâmica do Abraço

Em um espaço livre, os participantes, em pé, devem organizar dois círculos concêntricos, de forma que cada integrante do círculo interior fique frente a frente com um outro do círculo exterior, formando duplas nas quais cada participante pertence a um dos círculos [1].

Como em um jogo de par ou impar, a partir da mão direita fechada e estendida, os membros de cada dupla mostram simultaneamente 1, 2 ou 3 dedos.

Em cada dupla, se ambos mostrarem um dedo, a dupla dá um aperto de mão. Se ambos mostrarem dois dedos, um toque nos ombros será o prêmio da coincidência. Se ambos mostrarem três dedos, segue-se um abraço. Se não houver coincidência de números de dedos esticados, nada acontece.

Terminada a fase, os membros do círculo interior movem-se para a direita até postarem-se na frente do próximo integrante do círculo exterior. O jogo recomeça. Promove-se tantas rodadas quantas forem necessárias para o jogo terminar em um festival de abraços[2].


[1] Se o número de participantes for impar, um dos participantes participará da coordenação como observador.

[2] Em geral, os grupos logo percebem que, ao mostrar sempre três dedos, o resultado é sempre o abraço. Assim, a cada rodada, o número de abraços tende a aumentar.

A dinâmica descrita anteriormente pode ser usada simplesmente como um aquecimento para o início de uma aula ou de sessões de aprendizagem, principalmente quando é necessária uma ativação do grupo de participantes.

Como envolve a possibilidade e a escolha de maior ou menor contato físico entre os participantes, dá ensejo: à manifestação de um conjunto de preconceitos, à avaliação do nível de proximidade com o outro,  à percepção e vivência do sentimento de rejeição e de acolhimento e, se o grupo for composto por homens e mulheres, à emergência de uma conjunto de valores e problemas típicos das relações de gênero.

É uma dinãmica poderosa para iniciar o tratamento de problemas de relações inter-grupais e de gênero. Nestes casos, requer uma observação atenta do desenvolvimento da dinâmica e um mediador competente no tratamento das questões que a dinâmica suscita ou pode suscitar.

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