23 de junho de 2008

Ritos de Passagem – gerenciando pessoas

 

Gerenciando pessoas

Capa do livro Ritos de Passagem - Gerenciando pessoas para a qualidade

Qual é a relação entre Tempos modernos, de Charles Chaplin, Viver, de Akira Kurosawa, 2001, uma odisséia no espaço, de Stanley Kubrick, e a gestão empresarial? Uma forma de responder a essa pergunta é acompanhar o percurso do consultor José Antonio Küller ao longo de Ritos de passagem: gerenciando pessoas para a qualidade (Editora Senac, 328 páginas).

O autor não se limita a traçar uma trajetória histórica da gerência. Visualiza horizontes e direções rumo a um melhor relacionamento entre as pessoas e seu trabalho. Nessa perspectiva, ele estuda a relação entre as empresas e seus funcionários priorizando o desenvolvimento do indivíduo enquanto ser humano completo.

A evolução das formas de trabalho e da gerência é enfocada a partir de um eixo central: a criatividade. Dessa maneira, torna-se possível um aprimoramento humano integral, em que o trabalho seja a expressão da própria individualidade e do sentimento cooperativo para atingir objetivos comuns.

O principal ponto da obra está justamente na argumentação de como a gestão de pessoas é uma responsabilidade indelegável de quem coordena trabalhadores.

A motivação para o trabalho é enfatizada. Mostra-se por que um autêntico progresso individual e coletivo pode trazer resultados extremamente positivos para a organização como um todo.

O essencial seria conseguir uma reeducação em função dos parâmetros que a sociedade globalizada exige. Küller verifica, portanto, formas de implantação de projetos de ação “re”: “reeducar”, “reunir” e “recriar”.

A base dos projetos “re” é tornar cada funcionário um ser humano completo enquanto exerce suas atividades profissionais.

O estudo de Küller mergulha no universo cinematográfico para revisitar diacronicamente a história da administração de empresas e dos sistemas de gestão. Seu objetivo maior, no entanto, reside na busca de um caminho para que a qualidade total possa caminhar ao lado da satisfação vivenciada pelos artesãos medievais na moldagem individual das peças que produziam. Assim, a patética imagem de Chaplin sendo tragado por uma máquina em Tempos modernos não se concretizará.

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