por AGÊNCIA BRASIL – O Globo – 02/12/2015 – Rio de Janeiro, RJ
No dia de mobilização nacional sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNC), lembrado nesta quarta-feira, governos federal, estaduais e municipais convocam as escolas de todo o país para discutir o documento. A proposta é que escolas e redes reúnam professores, pais, estudantes e comunidade escolar para discutir o que os alunos têm o direito de aprender em cada ano.
O documento inicial disponível para consulta pública foi elaborado por um grupo de 116 especialistas, incluindo professores que atuam nas salas de aula. Desde setembro, até a última semana de novembro, segundo o MEC, o documento recebeu pouco mais de 4 milhões de contribuições aos objetivos de aprendizagem.
As propostas feitas até o dia 15 serão sistematizadas e uma segunda versão do documento deverá estar disponível até março do ano que vem. A Base Nacional Comum Curricular será debatida em seminários nos 26 estados e no Distrito Federal, antes de ser finalizada. Posteriormente, o documento terá que ser aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), antes de ser homologado pelo MEC.
A intenção é que os conteúdos definidos na Base Curricular ocupem 60% da carga horária dos estudantes. No restante do tempo, as próprias redes de ensino poderão definir o que ofertar – desde conteúdos regionais, atividades extras a formação técnica, por exemplo.
Segundo o Movimento pela Base Nacional Comum, grupo não governamental que apoia a causa, formado por pessoas e organizações que atuam na área da educação, a BNC deve ser clara. `A Base que a gente defende deve deixar clara a aprendizagem esperada para cada etapa, não pode ser à prova de professores, os professores devem saber o que fazer. Importante que seja explícita e não deixe margem para dúvidas`, diz a secretária executiva do movimento, Alice Andrés Ribeiro